sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Resenha de álbum - Nos Bastidores da Falácia - Figurótico


Entregue, cativada, dependente. É assim que eu me sinto, em relação ao novo CD do Figurótico. Se eu exagero? Bom, cada qual tem um gosto pra música, e "Nos Bastidores da Falácia" se encaixou perfeitamente no meu.
Peço licença a quem gostaria de ler uma resenha sobre um álbum de metal ou rock pesado, mas desse aqui eu tenho que falar. Até porque os temas das músicas e a forma de abordagem é tão Rock 'n Roll que transcendem a questão das vertentes dentro do estilo.
Quando ouvi o primeiro álbum do Figurótico (nome da banda e de um de seus integrantes, pra quem não conhece ainda), "Mamãe, Eu Quero Voltar no Tempo", gostei muito. Tanto que me deu até uma pontinha de medo de ouvir o segundo e não gostar tanto assim. Acabei preferindo esse.
O álbum é atrevido e desbocado na medida, com letras deliciosamente ácidas. Fala, entre outros temas, de questões políticas da cidade de Barra Mansa, local de origem da banda, mas podia ser de qualquer outra do Brasil,  já que as situações descritas nas letras se repetem em todas as cidades do interior.
Tenho certeza de que a experiência do Figurótico (integrante - ver seu blog no Rio Sul Net) com as palavras, oriunda do trabalho paralelo como jornalista, contribuiu para a construção de versos como os de "EnTerra Brasilis" e "Quero Ver Bitus de Novo", com seus trocadilhos, inversões e figuras de linguagem. Divertidíssima também é a letra de "Livros", com a qual diversos viciados em música irão se identificar.
Mas é claro que a razão de eu escutar esse disco todos os dias não é só o cuidado com as letras, que ultrapassa as palavras e chega à minúcia das sílabas. As melodias, tanto da guitarra quanto do baixo (Eduardo Pança) são caprichadas, bem construídas e executadas. A bateria (gravada por Erick Leal) também dá o seu show, fechando esse conjunto pulsante com veia oitentista muito bem explorada.
Uma das coisas mais bacanas de uma banda de três é o quanto isso exige dos músicos: não dá pra disfarçar, apoiar uma execução mais ou menos num outro instrumento. E todos ali são extremamente competentes, quem já assistiu a um show deles pode confirmar. Só não falo mais deles aqui neste blog porque o tema é música autoral, e a maioria de seus shows são com músicas de outros artistas. Mas se tudo der certo, ainda terei a oportunidade de fazer a resenha de uma apresentação deles; por enquanto, falo apenas do álbum.
Poderia escrever um texto imenso com cada detalhe de "Nos Bastidores da Falácia", que foi feito com muito cuidado: da capa, pintada por um artista plástico local, retratando um ambiente da Câmara dos Vereadores da cidade; da faixa "Amanheceu", com quarteto de cordas; da participação da Tay Dantas na faixa bônus... Mas vou parar por aqui e deixar o leitor imaginar ou descobrir por si mesmo.
Pra fechar com chave de ouro, quero compartilhar meu novo vício com os leitores: estou sorteando um exemplar de "Nos Bastidores da Falácia". Pra participar, não poderia ser mais fácil: basta deixar aqui neste post quantos comentários quiser, até o dia 25. Eles são numerados (exceto as respostas, que têm letras); irei sortear um deles e enviar o CD ao contemplado(a). Avisarei ao felizardo(a) por aqui e pela fanpage no Facebook.
Boa sorte!

Pra conhecer mais da banda
Site: http://www.figurotico.com - aqui tem o primeiro álbum na íntegra pra baixar.
Soundcloud: https://soundcloud.com/figurotico - ouça "Pátio", faixa 2 e "Amanheceu", faixa 7 do álbum novo.

Hoje, dia 26/01/2013, fiz o sorteio às 10 da manhã. E quem ganhou foi.... A Naty, que fez o comentário nº 2! Parabéns! Vou entrar em contato com vc via MP, pelo FB. Blz?

13 comentários:

  1. Bom, quando eu morava em Volta Redonda/RJ sempre ouvi falar do trabalho do Figurótico, mas confesso nunca ter dado atenção, devido ao circuito de apresentações e tal que nunca me atraia. Sabia de seu conceito, mas o trabalho era desconhecido para mim. Certa vez procurei ouvir e foi uma grata surpresa. Desejo sorte, conquistas e reconhecimento.

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    1. Os caras são bons, Vanderley! É difícil mesmo agradar a todo mundo. Recentemente o Figurótico (voz, guitarra, jornalista) publicou um post (http://riosulnet.globo.com/web/conteudo/7_290974.asp) falando sobre a quantidade de músicas que fazem parte do seu repertório... Nada menos que 713! E não conseguem agradar nem a todos que vão aos shows!! Brincadeira, né?

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  2. não conheço muito o trabalho da banda
    mas quero conhecer
    abraços a todos !!
    João Carlos

    Furia Metal Brasil

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  3. Eu tambem quero conhecer o trabalho da banda, fiquei curiosa. Beijos Vanessa

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    1. Oi, Lune! Obrigada pela visita! Acesse a página deles em http://www.figurotico.com

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  4. Creio que o Figurótico se apresentará agora num tributo ao filme Rock Star. É uma oportunidade que terei de conhecer melhor, já que estou mesmo na cidade de Volta Redonda por esses dias...

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    1. Isso, aproveita! Sei que eles passarão a incluir mais músicas autorais no show.

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  5. Como reles letrista que fui nas faixas citadas, sinto-me lisonjeado, entregue, cativado e dependente por tabela! Que beleza de resenha, merecidíssimo reconhecimento pelo trabalho da banda e de todos os parceiros envolvidos na "gestação" do cd. Fico orgulhoso de ter feito parte disso!

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    1. Nossa, Carelli, suas letras são fantásticas! Queria um dia poder me expressar como você. Parabéns pelo seu trabalho!

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  6. Que nada, obrigado! Você escreve muito bem, já andei bisbilhotando teu blog outras vezes. Das faixas que você citou, a exceção foi "Sinning by Omission", com a Tay Dantas. Na verdade, nas letras em parceria com o Figu, foram oito faixas no total, das quinze do cd. By the way, viu só o que saiu na revista Modern Drummer sobre o trabalho e a batera do Erick? Se ainda não viu, dê uma conferida! Abraço.

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